7 de abril de 2014

Desequilibrando

Hoje mudei o nome deste blog. Mas, pra quê mudar o nome depois de tanto tempo?
Estou por aqui desde 2008...
Na iminência de me tornar um cara com um quarto de século, creio saber bem mais sobre eu mesmo do que há anos atrás. Entendo, agora, que algumas características são importantes pra me definir.
O desequilíbrio é aquele instante em que se está entre a queda e a retomada, aquele instante em que o seu corpo (ou sua mente, no caso de um desequilíbrio metafórico) pode sucumbir diante da gravidade ou relutar para permanecer estável.
Todo mundo pode identificar situações em que se desequilibrou. Mas, particularmente, reconheço nesse instante algo tão próprio... Estou a todo momento buscando me estabilizar sobre algo (não se esperaria nada diferente de um número 4, estável como os pés da mesa). Apesar dessa busca, há em mim um desejo pela revolução (interna e externa), um desejo por esse instante do desequilíbrio, taquicardiamente renovador. Mas eu não caio. Minha pulsão não é suicida, ela é regenerativa. Eu preciso continuar me equilibrando, mesmo que siga a direção oposta da que seguia antes.
É como se, em vez de uma corda bamba, eu me equilibrasse sobre uma viga. Uma viga de perfil T. T de Thales. T, a letra em constante equilíbrio. A perfeita metáfora entre a estrutura e a oscilação.
É que eu gosto de núvem, mas também gosto de chão. Gosto de pedra, fumaça e construção. Vapor e aço.
O Desequilíbrio T representa essa confusão. O DesequilibRIOT é minha manifestação.


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